Defeso
Lagoa dos Patos entra no período de defeso
A partir desta quarta-feira, até setembro, a captura de quatro espécies é proibida e os pescadores artesanais receberão o seguro-defeso
Paulo Rossi -
A partir desta quarta-feira (31) os pescadores da Colônia Z-3 não poderão mais levar suas redes à Lagoa dos Patos. De 1º de junho a 30 de setembro é proibida a pesca de tainha, corvina, camarão e bagre, espécies que são protegidas em função do período de reprodução, quando os trabalhadores artesanais passam a receber o seguro-defeso no valor de um salário mínimo.
Em Pelotas, 400 pedidos já foram encaminhados ao INSS, informa o presidente do Sindicato de Pescadores da Colônia Z-3, Nilmar da Conceição. A expectativa é de que 500 pessoas recebam o benefício, número menor do que o ano passado, quando o defeso foi pago a 650 pescadores. “Muitos se aposentaram. Outros saíram da pesca, por isso diminuiu”, explica Conceição. No entanto, o sindicato continua fazendo esse serviço e na segunda-feira haverá um mutirão, a fim de agilizar os encaminhamentos.
Um pedido de extensão em dois meses do prazo para encaminhamento da documentação foi aberto junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pelo Fórum da Lagoa dos Patos em reunião em Porto Alegre, na última semana, diz o presidente da organização, Nilton Mendes Machado. Na região 1,2 mil pescadores dependerão do seguro-defeso pelos próximos quatro meses, cuja primeira parcela é paga no início de julho.
Neste período, grande parte dos pescados consumidos nos municípios virá da atividade realizada em alto-mar.
Na quinta-feira inicia também o licenciamento ambiental junto ao Ibama, em que os pescadores devem renovar suas permissões para exercer a atividade. As licenças poderão ser tiradas até o dia 30 de agosto.
Contudo, a última semana de atividades não tem sido favorável na Colônia Z-3 devido ao excesso de chuvas. “Não tem mais nada”, afirma Silmar Bazgalupe, 58, que reclama também da poluição do estuário, que vem diminuindo a diversidade de peixes e crustáceos. Até outubro ele passará o tempo arrumando seus equipamentos, assim como a maioria dos companheiros de profissão.
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